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Capítulo 5

작가: Isis Rocha
O Clube Água Celeste era o clube privado mais misterioso e sofisticado de toda Areal, frequentado exclusivamente por pessoas de extrema riqueza e altíssimo status social.

O simples fato de ele ter sugerido que ela o procurasse naquele lugar misterioso certamente escondia intenções muito mais profundas do que aparentava.

Sabrina ficou observando o homem se afastar até sumir completamente na esquina, com a testa franzida, em profunda reflexão sobre quem seria realmente aquele homem enigmático.

O crepúsculo já pintava o céu quando Sabrina chegou em casa, se deparando com Eduardo no sofá, o rosto carregado de uma expressão sombria que irradiava uma frieza capaz de congelar qualquer um ao redor.

Ela o encarou com um olhar cortante e completamente indiferente antes de seguir direto para a escada sem dirigir sequer uma única palavra.

Mal havia chegado ao primeiro degrau quando escutou passos apressados em sua direção.

Eduardo a alcançou rapidamente e a envolveu por trás, apertando sua cintura com braços que pareciam garras de aço.

O corpo inteiro de Sabrina se enrijeceu numa reação instintiva de repulsa enquanto suas mãos tentavam desesperadamente afastar os braços dele, as unhas ficando brancas de tanto esforço, mas conseguindo apenas que ele a apertasse com ainda mais força.

A voz gelada de Eduardo sussurrou bem próximo ao seu ouvido, carregada de irritação e cobrança:

— Por que você fez questão de me humilhar daquele jeito na frente de todo mundo?

Aquelas palavras cortaram como navalhas geladas, penetrando fundo em seu coração já ferido.

— Eduardo, me largue agora! — Gritou Sabrina, com uma voz que misturava fúria e desespero, lutando contra aquele abraço que mais parecia uma prisão.

— Sabrina, você é minha mulher e deveria ficar do meu lado, não é mesmo? — A voz de Eduardo vacilou ligeiramente, revelando uma vulnerabilidade inesperada.

A lembrança daquele olhar intenso e possessivo que Leandro havia dirigido a Sabrina durante o leilão ainda o incomodava profundamente, despertando uma inquietação estranha em seu peito.

Além disso, a mudança radical na atitude de Sabrina o deixava perdido, pois onde antes existiam olhares carinhosos e apaixonados, agora só encontrava frieza e nojo, uma transformação que ele simplesmente não conseguia digerir.

— Eu ficar do seu lado? — Sabrina explodiu numa risada histérica que rapidamente se transformou em gritos furiosos. — E quando foi que você ficou do meu lado? Acha mesmo que eu não sei de tudo que está acontecendo entre você e a Cláudia? Eduardo, você realmente acredita que conseguiu me enganar esse tempo todo?

Os olhos de Sabrina se encheram de lágrimas de raiva enquanto toda a mágoa acumulada durante meses finalmente encontrava uma válvula de escape.

As palavras de Sabrina atingiram Eduardo como um soco no estômago, fazendo-o afrouxar imediatamente o aperto.

Ela aproveitou a oportunidade para se soltar e recuar alguns passos, criando uma distância segura entre eles, enquanto seu peito subia e descia numa respiração agitada.

Seus olhos brilhavam de decepção e amargura quando ela continuou:

— Todas aquelas vezes que você apareceu em público com a Cláudia grudada no seu braço, alguma vez passou pela sua cabeça como eu me sentia?

Eduardo tentou se recompor e respondeu com um tom que pretendia ser tranquilizador, mas que soava arrogante e condescendente:

— Sabrina, você pode ficar tranquila porque a Cláudia nunca vai ser um problema para o nosso casamento.

Uma risada amarga e desiludida escapou dos lábios de Sabrina, que o encarou com um olhar de puro desprezo antes de falar pausadamente:

— Eduardo, você me dá uma vontade de vomitar que nem imagina.

Ele provavelmente estava se deliciando com aquela situação de ter duas mulheres brigando por sua atenção, se sentindo o máximo por estar no centro de toda aquela confusão. Devia ser exatamente o tipo de ego inflado que o fazia se sentir poderoso e desejado.

Naquele momento, Sabrina se sentia esgotada, tanto física quanto emocionalmente. Olhando para aquele homem que conhecia há tanto tempo, mas que agora parecia um completo estranho, viu todas as lembranças doces e a confiança construída ao longo dos anos se desfazerem como fumaça, deixando apenas um vazio doloroso preenchido por decepção e raiva.

Ela já não tinha mais energia nem vontade para continuar aquela discussão inútil com Eduardo, especialmente porque as evidências da traição dele eram mais do que óbvias e a culpa certamente não era dela.

— Vou providenciar os papéis do divórcio. — Declarou Sabrina, com uma voz cortante como gelo, cada palavra pronunciada com precisão cirúrgica.

Para ela, aquele casamento já estava morto e enterrado há muito tempo, não fazia mais sentido fingir que ainda existia alguma coisa para salvar.

O rosto de Eduardo se transformou numa máscara de fúria quando ouviu aquelas palavras, seus olhos escurecendo como nuvens de tempestade prestes a desabar.

— Sabrina, pare de falar bobagem! — Gritou ele com uma voz inflexível, cerrando os punhos numa demonstração clara de que não pretendia aceitar aquela decisão. — Eu jamais vou concordar com esse divórcio!

— Então, você pretende continuar aproveitando todas as vantagens do nosso casamento enquanto se diverte com as emoções que a Cláudia desperta em você? — Sabrina rebateu com uma voz que tremia de indignação. — Eduardo, depois de tantos anos juntos, como eu nunca percebi o quanto você é nojento?

Mal terminou de falar, ela se virou bruscamente e subiu correndo as escadas, os saltos batendo no chão com força enquanto se dirigia ao quarto de hóspedes.

Só de pensar na situação degradante entre ele e Cláudia, principalmente no fato de que aquela mulher estava esperando um filho dele, Sabrina sentia o estômago se revirar de nojo. Continuar vivendo sob o mesmo teto que Eduardo fazia cada respiração parecer sufocante e repugnante.

Eduardo deu alguns passos instintivos para segui-la quando seu celular começou a tocar insistentemente.

Ele hesitou por um momento antes de pegar o aparelho, e ao ver o nome na tela, sua expressão ficou ainda mais sombria enquanto rejeitava a ligação sem pensar duas vezes.

O telefone, porém, continuou tocando obstinadamente como se fosse um presságio sinistro, até que finalmente uma mensagem apareceu na tela dizendo: [Sr. Eduardo, estou sentindo muitas dores na barriga, você pode me levar ao hospital?]

Sabrina conseguiu ler o conteúdo da mensagem de relance e sentiu uma pontada aguda no peito antes de soltar uma risada sarcástica.

— Sua amante não aguenta mais esperar para te ver, é melhor você sair correndo antes que seja tarde demais.

— Sabrina, eu preciso sair agora. Fique em casa e me espere, por favor. Quando eu voltar, prometo que vou te explicar tudo! — Eduardo disse às pressas, mas nem mesmo teve coragem de olhar nos olhos de Sabrina antes de sair correndo pela porta.

Sabrina observou Eduardo partir e sentiu as pernas bambearem ligeiramente, como se toda sua energia vital tivesse sido sugada de uma só vez. Respirou fundo, tentando controlar as emoções que se agitavam como um furacão em seu peito, mas as lágrimas teimavam em se formar nos cantos dos olhos.

Ela e Eduardo se conheciam há mais de uma década, haviam crescido juntos desde a adolescência, compartilhando sonhos e construindo planos para o futuro, então seria impossível dizer que não havia sentimentos genuínos envolvidos. Mas, naquele momento doloroso, toda aquela história de amor de infância parecia tão frágil e insignificante diante da realidade cruel da traição.

No final das contas, nem mesmo anos de companheirismo conseguiram competir com a excitação de uma aventura nova e proibida.

Sabrina voltou para o quarto, determinada a esquecer os aborrecimentos recentes, e pegou o celular para ligar para seu irmão.

O mais importante agora era focar na possível parceria com Leandro, pois se Eduardo não havia conseguido colocar as mãos naquele terreno valioso, a família Soares certamente não perderia a oportunidade de lucrar com aquele negócio.

Embora não conseguisse decifrar completamente as verdadeiras intenções de Leandro, uma coisa era certa. Se eles conseguissem uma participação naquele empreendimento, seria a chance de ouro que a família Soares estava esperando para alcançar o sucesso definitivo.

O telefone tocou por um tempo que pareceu eterno antes de alguém finalmente atender, e então a voz extremamente fraca de Ivan ecoou do outro lado:

— Sabrina...

Ela imediatamente percebeu que algo estava muito errado pelo tom preocupante na voz do irmão e perguntou com urgência:

— Ivan, o que está acontecendo com você?

— Sabrina... — A voz dele soou ainda mais fraca e desesperada. — Vem rápido para o quarto 3601 do Clube Água Celeste, eu preciso da sua ajuda...
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