Álvaro, na verdade, queria ter ficado com Dante por perto.Com aquele choro sentido, todo miudinho de tristeza, ele achava que o menino aceitaria ficar.Mas foi ele próprio quem recusou.Depois disso, passaram a se ver uma vez por ano. E a cada ano, Dante ficava mais frio.Hoje, esse jeito reservado, a aversão a contatos próximos, a relutância em se envolver com alguém... tudo isso vinha da infância.E por isso Álvaro nunca o pressionou.Ele envelheceu, e a mente também se tornou mais aberta.Cada filho, cada neto, tem o seu próprio destino. Não adiantava tentar controlar demais.— E você… acha que algum dia vai se apaixonar por alguém? — Perguntou O Álvaro.— Talvez. — Respondeu Dante, com a calma de sempre.— Com esse teu jeito, sei que não vai ser fácil. Então, escuta seu avô, se um dia gostar de verdade de uma menina, segura firme. Não deixa escapar. Porque, do jeito que você é, vai saber quando, ou se vai gostar de outra de novo.Dante olhou para Álvaro, como se o estivesse avalia
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