— Eu sei. Pode ficar tranquila, não sou louca de colocar minha própria saúde em risco. — Eduarda levou a colher à boca devagar, mas, a cada gole, as lágrimas caíam pesadas na tigela, misturando-se ao caldo quente e salgando o sabor.— Está sentindo alguma coisa estranha? — Eliana, em alerta, já ajeitava o corpo como quem se preparava para correr atrás de um médico a qualquer segundo.Eduarda balançou a cabeça, respirando fundo, o nariz vermelho pelo choro. — Não, é só que eu nunca imaginei que, nesse momento, a pessoa que estaria ao meu lado... seria você.Eliana soltou um riso curto, sem humor, quase um suspiro de ironia disfarçado. — Nem eu esperava.Com os olhos marejados, Eduarda ergueu devagar o rosto até encontrar o olhar da irmã e sussurrou, num tom carregado de arrependimento: — Desculpa.— Desculpa pelo quê? — Eliana franziu as sobrancelhas, já prevendo para onde a conversa poderia ir.— Se não fosse a minha mãe, naquela época...O semblante de Eliana fechou como porta bati
Read more