Leandro havia voltado.A notícia veio como um soco inesperado, mas não foi por ele diretamente. Foi pela voz leve e determinada de Lara, no telefone:— Quero que venha jantar aqui hoje.Eliana piscou, confusa, e a resposta saiu quase no automático, sem pensar muito no peso que aquilo carregava:— Lara, obrigada pelo convite, mas não precisa. De verdade, eu não quero incomodar.Do outro lado, a réplica veio firme, sem espaço para discussão:— Dinis já está a caminho para te buscar.Ou seja, a decisão já estava tomada. Não havia recusa possível.Engolindo o incômodo que se acumulava no peito, Eliana desligou, levantou-se devagar, foi tomar banho e escolher a roupa com mais cuidado do que gostaria de admitir. Porém, enquanto secava o cabelo, a pergunta não saía da sua cabeça. Agora que estavam divorciados, qual o sentido de jantar na casa dele?O toque do celular interrompeu o turbilhão mental. Era Dinis avisando que havia chegado.Ela desceu, respirando fundo, e entrou no carro. Uma inqu
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