Eliana sentia cada músculo do corpo se enrijecer. Não havia um pingo de vontade em seu coração de encarar aquela família. Na sua cabeça, ecoava uma só pergunta. Com que direito eles apareciam, assim, na casa da família Pinto?— Senhor, senhora. — A voz da empregada ecoou, cortando o ar, quando os avistou na porta.O som fez todos na sala erguerem o olhar ao mesmo tempo, como se um fio invisível os puxasse. Eliana permaneceu parada na entrada, quase imóvel, mas Leandro, percebendo a hesitação dela e sem paciência para esperar, segurou firme seu pulso e a puxou para dentro.— Que bom que voltaram. — Disse Lara, com um sorriso que tentava soar caloroso ao vê-los de mãos dadas.Mas Leandro não retribuiu o tom leve. Seu olhar se desviou apenas por um instante para o sofá, onde Diego estava sentado com a atual esposa, Renata, e a filha. Bastou aquele breve contato visual para seu rosto se fechar como uma porta trancada. Ainda assim, conduziu Eliana até o outro lado da sala e se sentaram, pró
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