O rosto de Leandro se fechou. Em vez de responder, ele bateu a porta com tanta força que o estrondo percorreu a casa inteira. Eliana, porém, não se abalou. Apenas deixou o sorriso se abrir mais e levou a tigela até a pia para lavar.Horas depois, já na cama, o silêncio daquela casa enorme pesava ainda mais. Não era a primeira noite que dormia ali, mas o quarto continuava estranho, frio, quase hostil. Virava-se de um lado para o outro, sem encontrar sono.Pegou o celular e a tela se iluminou com um número desconhecido. Passava da meia-noite, nenhum conhecido ligaria naquela hora. O toque insistiu até que ela atendeu.— Eliana, quero te ver.A voz, mesmo distorcida por outro número, era inconfundível. Era Rafael.Dessa vez ele falou baixo, quase suplicante:— Você pode vir ao hospital me visitar?No mesmo instante, a lembrança do vídeo em que ele apanhava voltou inteira. Ainda internado... talvez mais grave do que ela imaginava. Estava prestes a encerrar a ligação quando, de repente, mu
Read more