A maneira como Eliana se aconchegou, com a mão pousada na cintura dele e o rosto encostado contra o braço, fez Leandro contrair o cenho de imediato. Sem esconder o incômodo, ele largou o celular sobre a mesinha e a empurrou de leve, como quem tentava afastar um peso inesperado. Ela se remexeu, soltando um som abafado e sonolento. Porém, em vez de se afastar, encolheu-se ainda mais, deixando a mão deslizar lentamente do quadril para o abdômen dele, como se buscasse um ponto confortável onde pudesse adormecer outra vez.O toque trouxe uma inquietação estranha a todo o corpo de Leandro. Ele segurou a mão dela com firmeza e, num tom rouco que misturava advertência e impaciência, avisou:— Eliana, para de fingir que está dormindo.Ela não abriu os olhos, tampouco respondeu, apenas permaneceu quieta por um instante. Leandro manteve o cenho fechado, calculando como reagir. Quando estava prestes a afastar a mão dela de vez, sentiu o aperto aumentar, como se, mesmo dormindo, ela não quisesse
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