— Achei que ela fosse quietinha e bonita, então namorei com ela. Quem diria que ela levaria a sério? — Então por que você correu atrás dela? — Por diversão, oras. Do ensino médio à faculdade, Maysa Valente acompanhou Ryan Dantas, o herdeiro rebelde de uma família rica, por anos. Ela acreditava que havia encontrado o amor verdadeiro, mas para Ryan, ela não passava de uma diversão confortável entre os lençóis. Naquela noite fatídica, Ryan apareceu com outra mulher nos braços, orgulhoso e inabalável. Foi então que Maysa descobriu que ele já tinha uma noiva há anos e que estava apenas procurando um jeito de se livrar dela, agora que estava entediado. Maysa, ferida, mas orgulhosa, chorou uma última vez, arrumou suas coisas e partiu. Se ele queria que ela fosse embora, ela sabia como sair sem olhar para trás. Após o término, Maysa se casou com Heitor Loureiro, o primogênito da poderosa família Loureiro. A notícia do casamento caiu como um raio sobre Ryan. Quando eles se reencontraram, os olhos de Ryan estavam sombrios, e sua voz carregava um ressentimento perigoso. — Por que você ainda não se divorciou daquele inútil? Maysa respondeu com frieza: — E o que isso tem a ver com você? — Você me largou e ainda tem coragem de perguntar isso? — Ryan retrucou, com raiva. — Como ele pode se casar com você, e eu não? Maysa apenas revirou os olhos…
View More— Eu… — A voz de Maysa saiu trêmula, quase distorcida pelo susto. — Por que é você? — Por que não seria? — Ryan respondeu, com as sobrancelhas bem desenhadas franzidas em um misto de raiva e frustração. — Você acorda de um sono profundo e chama o nome do Walter, o que isso significa? Maysa, você tá me dizendo que tem alguma coisa com ele? Maysa mal teve tempo de abrir a boca antes de sentir a mão de Ryan apertar os dois lados do rosto dela. Ele respirava com dificuldade, visivelmente fora de si. — Por que você chamou o nome dele? — Ryan exigiu, os olhos cravados nos dela. — Eu pensei que fosse o Walter… — Maysa respondeu, com esforço. — Ah, é? E se fosse o Walter? Você teria transado com ele também? — Ryan questionou, completamente indignado, sua voz transbordando sarcasmo e fúria. Ele nem sequer explicou por que Walter tinha ido embora e ele havia aparecido no lugar. Não conseguia pensar em mais nada além do fato de que Maysa havia dito o nome de outro homem. — Maysa, vo
— O que você quer que eu faça então? — Maysa gritou, chorando, enquanto começava a puxar o tecido do próprio vestido. — Eu tô me sentindo péssima, Walter, eu… Walter segurou as mãos dela, tentando impedi-la. No momento em que seus corpos se tocaram, Maysa estremeceu visivelmente. Ela sussurrou, trêmula: — Você consegue imaginar… Quem fez isso? Walter, sem pensar muito, respondeu: — Não foi a Aurora, foi? — Impossível. — Maysa negou prontamente, balançando a cabeça enquanto continuava a tentar tirar o vestido. Sua mente parecia ainda racional, mas seu corpo já não obedecia. — Não pode ter sido a Aurora… — Por que não? Maysa, para de se mexer! E, ei, você sabe desamarrar uma gravata? — Walter reclamou, tossindo, enquanto o pomo de Adão subia e descia de forma visível. Ele engoliu em seco. — Você tá tentando me estrangular aqui! — É claro que eu sei! — Maysa gritou, chorando e soluçando ao mesmo tempo. — O Ryan me ensinou! A menção ao nome de Ryan fez Walter perder a paciê
— Mas você já foi namorada do Ryan. — Walter comentou, com um tom casual. — Sim, fui. E naquela época eu era uma idiota. — Maysa respondeu, com um sorriso amargo e o olhar já perdendo o foco. — Fui uma idiota por deixar ele brincar comigo. Faz parte da cadeia alimentar, né? Eu devia ter percebido que nesse mundo ninguém dá nada de graça... Se eu tivesse sido mais prática, como você... Ter pedido algo em troca logo de cara teria sido bem mais fácil… Amar alguém? Isso sim era o verdadeiro suicídio emocional. Walter abriu a boca para dizer algo, mas, antes de conseguir, percebeu que as orelhas de Maysa estavam levemente avermelhadas. Ele ficou surpreso e, quase sem pensar, perguntou: — Maysa, você… Antes que ele pudesse terminar, Maysa fechou os olhos e encostou o rosto na palma da mão dele, que permanecia imóvel. — Tá fria. — Ela murmurou suavemente. Naquele instante, algo dentro de Walter pareceu se romper. Como assim? Ele instintivamente tentou segurá-la pelos ombros
Maysa permaneceu deitada de bruços na cama, imóvel, como se tivesse desistido de qualquer reação. Walter olhou para ela naquela posição e não conseguiu conter um sorriso. Era engraçado vê-la assim, porque Maysa sempre carregava aquele ar de frieza e elegância, como se fosse inalcançável. Ela era linda, impecável, sempre tão controlada. Mas agora, ali deitada, parecia uma menina pequena, quase indefesa. Após limpar as lágrimas do rosto dela, Walter perguntou: — Será que você consegue se virar sozinha? — Você me ajuda a virar. — Maysa respondeu, com a voz trêmula, entrecortada. Walter soltou uma gargalhada e, sem hesitar, estendeu a mão para ela. Com um movimento leve, ele a virou como se estivesse fritando um ovo. Depois, colocou a mão sobre o ombro dela, apertando de leve, como se fosse um gesto amigável entre dois velhos camaradas. — Dá pra sentir a força? — Ele perguntou, rindo. — Você vai… Atravessar o meu ombro. — Maysa reclamou, a voz ainda fraca. — Desculpa, foi f
Quando Ryan voltou a olhar para Maysa, ela já estava caminhando, trêmula, na direção de Walter. Com a voz fraca e o braço levantado, ela pediu: — Me dá… Uma taça. — Você consegue beber? — Walter perguntou, arqueando uma sobrancelha. — Preciso… Preciso beber pra me acalmar… — Maysa respondeu, balançando a cabeça, os olhos vermelhos de lágrimas. — Eu não quero estar assim, me sinto ridícula… Não era o que eu queria… Walter suspirou baixinho e colocou a taça de champanhe na mão dela. Com um toque de humor, disse: — Quer que eu pegue um canudinho pra você? — Você é um… Idiota. — Maysa murmurou, a voz embargada. O choro parecia querer escapar a qualquer momento. Ela sabia que, sempre que entrava em crise, os sintomas de hiperventilação a atacavam com força. Quem não entendia sobre isso achava engraçado, fazia piadas sobre depressão e ansiedade, mas só quem vivia aquilo sabia o quanto era insuportável. Ryan observava tudo em silêncio, com as sobrancelhas franzidas e uma express
Ryan queria responder à pergunta de Maysa, queria dizer algo, mas as palavras simplesmente ficaram presas em sua garganta. Ele tentou se lembrar dos anos que passaram juntos. Será que, em algum momento, ele a tratou como uma verdadeira namorada? Ou será que ela foi apenas um brinquedo para o seu prazer? Maysa era linda, com pernas longas, cintura fina e, na cama, fazia tudo parecer mais intenso. Ryan, em seu egoísmo, já tinha tido pensamentos vergonhosos sobre ela enquanto recebia seus olhares cheios de amor. — E o que tem eu ter me casado com Heitor? Pelo menos como esposa de um homem rico, eu vivo melhor do que como o seu brinquedo! — Você tá me comparando com o Heitor? — Ryan rebateu, rindo com desdém. — Viver com aquele fracassado é tão confortável assim, Maysa? Ele nem consegue te satisfazer na cama! Ele é metade do homem que eu sou? Você ficou agarrada nele como uma cachorrinha, só porque queria arrancar dinheiro no divórcio, não foi? Maysa ficou parada, com os olhos fi
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