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Capítulo 7

작가: Isis Rocha
As três mulheres foram empurradas para um canto do quarto, onde se encolheram numa posição defensiva, tremendo ligeiramente enquanto seus olhos transbordavam medo e desespero absoluto.

Com os lábios tremulando, elas murmuravam algo inaudível entre si, ora parecendo implorar por clemência, ora se apavorando com as consequências terríveis que certamente viriam.

Sabrina só conseguia pensar em Ivan naquele momento, sem a menor condição de prestar atenção nas três mulheres.

Do banheiro vinha o som da água correndo, um barulho que ecoava de forma particularmente nítida naquela atmosfera carregada de tensão e silêncio.

Em seguida, os gritos de dor de Ivan começaram a vazar pela porta, cada som perfurando o coração de Sabrina como uma navalha afiada.

Ela permaneceu do lado de fora, com as mãos entrelaçadas numa pressão dolorosa, o cenho franzido de preocupação e os olhos grudados na porta do banheiro numa expressão que misturava angústia e desespero.

Vendo Sabrina naquele estado de aflição total, Leandro se aproximou e murmurou palavras tranquilizadoras:

— Relaxa, o seu irmão vai sair dessa. Assim que ele estiver mais lúcido, o Tiago vai levar ele direto para o hospital. Agora você precisa pensar se o Ivan ou sua família pisaram no calo de alguém.

A menção de possíveis inimigos fez a mente de Sabrina disparar em mil direções diferentes.

Ivan sempre foi super cuidadoso nos relacionamentos profissionais, jamais encurralando ninguém e sempre deixando uma porta de saída para todo mundo. Os pais já tinham se aposentado dos negócios há anos e estavam curtindo a vida, viajando pelo exterior, então era impossível que tivessem criado encrenca no mundo corporativo nacional.

Por mais que se esforçasse para lembrar, ela simplesmente não conseguia imaginar quem Ivan poderia ter ofendido de forma tão grave para merecer uma armadilha tão suja e perigosa.

Uns dez minutos depois, os homens que Leandro havia mandado voltaram correndo.

Com movimentos rápidos e profissionais, eles levantaram as três mulheres que estavam acocoradas no canto, sem nem dizerem uma palavra sequer.

As mulheres imediatamente entraram em pânico, se debatendo e soltando gritos histéricos, mas os homens de preto permaneceram impassíveis enquanto as arrastavam para fora do quarto.

Para descobrir quem realmente estava por trás daquela situação, seria necessário interrogar aquelas três mulheres, com calma e detalhes. Enquanto isso, o barulho vindo do banheiro foi diminuindo aos poucos, e o mais importante era que os gritos agonizantes de Ivan haviam parado completamente, permitindo que Sabrina aliviasse um pouco a tensão que a estava consumindo.

Foi então que a porta do banheiro se abriu devagar e Tiago apareceu com cara de cansado, mas mantendo a educação de sempre ao se dirigir a Sabrina:

— Sra. Sabrina, o Sr. Ivan está pedindo para a senhora esperar lá fora enquanto ele se arruma melhor para sair.

Sabrina imediatamente balançou a cabeça com força, se recusando a sair dali. Deu alguns passos em direção à porta do banheiro e falou com a voz carregada de súplica:

— Ivan, eu não vou embora daqui! Você está sentindo alguma coisa ainda? A gente vai para o hospital agora mesmo, tá bom?

— Estou bem, Sabrina, sai daí. — Respondeu Ivan, de dentro do banheiro, com a voz ainda meio fraca, mas com uma firmeza que não admitia discussão. — Eu estava fora de mim quando te liguei pedindo socorro. Se acontecer alguma coisa com você por causa dessa bagunça toda, como é que vou explicar para nossos pais?

Ivan estava se remoendo de arrependimento naquele momento, querendo se dar uns tapas na cara por ter chamado a irmã para um lugar daqueles durante uma confusão tão feia. E onde diabos estava Eduardo, por que não estava cuidando da esposa e deixou ela vir sozinha se meter naquela enrascada?

— Ivan... — Sabrina tentou falar alguma coisa, mas as palavras simplesmente não saíram.

— Sra. Sabrina, melhor a gente ir para o meu quarto enquanto isso. — Sugeriu Leandro na hora certa. — O Sr. Ivan vai aparecer lá quando estiver pronto.

Ele sabia exatamente qual era a preocupação de Ivan, porque Sabrina era uma moça nova e aquela situação complicada e delicada poderia prejudicar a reputação dela se ela ficasse muito envolvida. Por isso, Ivan queria que a irmã se afastasse daquela confusão o mais rápido possível.

Ouvindo a proposta de Leandro, Sabrina ficou em dúvida por alguns segundos antes de finalmente concordar com a cabeça.

Olhou uma última vez para a porta do banheiro com preocupação antes de se virar e acompanhar Leandro com passos pesados até a suíte presidencial dele.

Quando chegaram ao quarto, Leandro fez um gesto elegante indicando o sofá confortável para ela se sentar.

Sabrina caminhou meio cambaleando e se jogou no sofá, como se tivesse perdido toda a força do corpo, afundando completamente no estofado macio.

Ficou ali de cabeça baixa, agarrando nervosamente a barra da roupa com as mãos enquanto os ombros tremiam de leve, chorando baixinho numa clara demonstração de que havia chegado ao fundo do poço emocional.

Leandro observou em silêncio aquela mulher, impressionado com como ela parecia uma pessoa completamente diferente daquela que havia conhecido no leilão.

Naquela ocasião, ela estava radiante num vestido elegante, conversando animadamente no meio da multidão, com olhos que brilhavam de confiança e de uma elegância natural. Agora ela parecia totalmente vulnerável, como um passarinho machucado se escondendo num cantinho para cuidar das próprias feridas.

Leandro pegou uma caixa de lenços e ofereceu delicadamente para Sabrina, falando num tom baixo e consolador:

— O mundo dos negócios é que nem um campo de guerra, e depois de passar por uma coisa dessas, seu irmão vai ficar mais esperto no futuro. Então, não precisa se preocupar tanto assim.

Enquanto falava, ele pensava em todas as safadezas e competições sujas que já tinha visto no mundo corporativo, sabendo que tinha gente que realmente não media esforços para conseguir o que queria.

Pelo menos daquela vez, não machucaram Ivan de verdade, o que já era uma sorte no meio de todo aquele azar.

— Desculpa por ter te metido nessa bagunça toda. — Murmurou Sabrina, levantando os olhos vermelhos e inchados para Leandro, a voz saindo meio entupida de tanto chorar.

Ela se sentia péssima por ter arrastado Leandro para aqueles problemas, quando ele podia ter seguido a vida dele tranquilamente sem se envolver em nada.

— Que isso, eu acabei de chegar na cidade mesmo, e não tinha nada de mais para fazer. — Respondeu Leandro, balançando a cabeça com um sorriso tranquilo, como se realmente não fosse grande coisa. — Foi um prazer poder ajudar você.

Assim que Leandro terminou de falar, batidas suaves ecoaram pela porta do quarto. Sabrina saltou do sofá como se tivesse levado um choque, os olhos brilhando de esperança enquanto perguntava ansiosa:

— É meu irmão?

— Calma aí, Sra. Sabrina. — Disse Leandro, caminhando sem pressa em direção à porta. — Seu irmão está sendo bem cuidado pelo Tiago e não vai acontecer nada com ele. Como já está tarde e imagino que você não comeu nada, mandei o pessoal da recepção preparar um jantar.

Abriu a porta, revelando um garçom empurrando um carrinho repleto de pratos sofisticados, e trouxe pessoalmente a refeição até onde Sabrina estava, servindo tudo com movimentos elegantes.

— Sra. Sabrina, ficar esperando de barriga vazia não é uma boa ideia!

Enquanto falava, foi abrindo os recipientes e liberando um cheiro delicioso que se espalhou pelo ambiente.

— Não estou com fome. — Respondeu Sabrina, olhando para toda aquela comida gostosa sem demonstrar o menor interesse.

Com o irmão passando por uma situação tão grave, como é que ela ia conseguir pensar em comer?
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