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Capítulo 3

Author: Árvore Florida
Mãe, Pai e Edwin correram até lá, apenas para encontrar Esme caída no chão. Ela soluçava descontroladamente, com pedaços de papel rasgado em suas mãos.

— E-Estes não eram os designs que você ia mostrar hoje à noite? Como puderam ser destruídos? Quem fez isso? — Mãe se agachou imediatamente para ampará‑la, os olhos cheios de preocupação.

Esme arfou entre lágrimas, tentando respirar.

— Eu sabia que esses designs eram importantes, então tive ainda mais cuidado… até os tranquei no armário que Claudia e eu compartilhávamos antes de sair…

Uma risada afiada escapou de mim. Com uma única frase, ela já tinha apontado o dedo diretamente para mim.

— Claudia passou de todos os limites! — Pai socou a porta, a sua voz ressoou como um trovão. — Não é de admirar que ela não tenha voltado para casa! Ela deve ter feito isso por vingança! Quando ela aparecer, eu mesmo quebro as pernas dela!

O caos explodiu no andar de cima. Edwin apenas suspirou, soando exausto.

— Chega. O que importa agora é descobrir como salvar isso. Muitos convidados influentes vieram hoje esperando ver as novas peças de Esme. Vou verificar o porão. Talvez haja ferramentas ou materiais que possamos usar.

Ele se virou para sair, mas Esme agarrou seu braço com desespero.

— Edwin, é inútil. Ela não só rasgou tudo… ela levou algumas páginas com ela. Não tem como remontar.

— O quê? — Mãe engasgou, chocada.

Edwin rapidamente a consolou, deixando de lado a ideia de descer ao porão. Ele se agachou e limpou as lágrimas do rosto de Esme.

— Está tudo bem. Eu vou dar um jeito. O mais importante é que você aproveite seu aniversário.

Naquele instante, ele parecia o pilar daquela família — alguém em quem todos confiavam cegamente.

Esme encontrou o olhar dele… e no segundo seguinte, pressionou seus lábios contra os dele.

Edwin congelou, claramente querendo recuar por instinto. Mas, no final, não recuou. Envolveu os braços na cintura dela, aprofundando o beijo.

Mesmo eu já estando morta, senti que estava sufocando naquele momento. Eu achava que Edwin apenas a admirava. Nunca imaginei que essa admiração tivesse se transformado em algo mais.

Mas eu deveria ter percebido antes. Todo Natal, ele escolhia presentes atenciosos para Esme, enquanto eu era ignorada. Se eu recebesse algo, era sempre barato, sem significado algum.

Ano após ano, minha caixa de joias se enchia de bugigangas sem valor. A única peça realmente valiosa era o anel de diamante que ele me deu no nosso casamento. Naquele tempo, seu coração ainda era meu.

Mas isso não importava mais… porque eu devolveria tudo para ele naquela festa de aniversário.
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