Virei as costas sem nem me dar ao trabalho de responder.Meu pai, furioso, pegou um vaso e jogou aos meus pés.— Filha ingrata! Tá fugindo de casa, é? — Berrou. — Perfeito! Já que você tem esse monte de dívidas, trate de me pagar até a próxima semana. Caso contrário, mando o jurídico te enfiar na cadeia pra aprender!Os cacos do vaso rasgaram minha perna, o sangue escorria... mas, sinceramente, eu nem senti.Ouvir isso dele? Nenhuma novidade. Nenhuma surpresa.Virei e encarei eles.Eles acharam que eu ia me assustar, que ia abaixar a cabeça, implorar, pedir perdão.Só que, olhando pra essas duas figuras... meu coração, que antes ainda se machucava, agora parecia morto. Nem uma onda, nem uma dor. Nada.Virei de volta e, antes de bater a porta, só deixei duas palavras:— Tá bom.Se é pra pagar... então vamos pagar.Depois disso, não existe mais nenhuma ligação entre mim e essa família podre.Enquanto eu saía, ainda podia ouvir meu pai berrando lá de dentro, completamente fora de si.Fing
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