All Chapters of Quando o Amor Bate à Porta: Chapter 21 - Chapter 30

Era Natália. Na época do ensino médio, ela era a mais bonita da turma. De fato, Aureliano nunca esteve cercado por poucas pretendentes.— Aureliano, posso te chamar assim? Este é o almoço que preparei para você. Minha família trabalha com uma rede de restaurantes. Este aqui foi feito pelo chef cinco estrelas da nossa equipe. Você está ocupado até agora, aposto que ainda não almoçou. — Vendo que Aureliano continuava focado no computador e a ignorava completamente, Natália deu mais um passo à frente. — Obrigada por cuidar do meu tio. Ele já está bem melhor.— Natália, então você marcou uma consulta comigo, mas não era para ser atendida? — A voz do homem soava fria, e quando ele ergueu os olhos, um brilho gelado surgiu no fundo dos seus olhos escuros. — Você está desperdiçando uma vaga, atrapalhando pacientes que realmente precisam de atendimento. Se fizer isso de novo, o sistema de saúde de Serra da Lua vai te bloquear por três meses.— Ah... Eu... — Natália claramente não esperava que A

Na verdade, a explicação da Maria parecia bem fraca.Quem conhecia Aureliano sabia que ele era uma pessoa fria, reservada, distante fora do horário de trabalho e com um ar de superioridade que afastava os outros. Maria só foi ver o que estava acontecendo depois de ouvir algumas enfermeiras comentando que uma mulher havia tentado levar comida para ele e foi recusada. Ela sabia que Aureliano não se interessava por aquelas mulheres, exceto naquele dia, quando viu uma sentada no colo dele, dentro do escritório.Isso a fez sentir um forte senso de ameaça. Camila ainda tinha mais uma coisa a dizer.Aquela mulher não era velha e, além disso, era muito bonita.Mas, ao ver a expressão de Maria, ela nem ousou abrir a boca. Afinal, Maria era filha do diretor, e Camila precisava manter boas relações com ela....O novo semestre começou, e Eulália entrou no primeiro ano do ensino fundamental. Maristela levou a filha para a escola de manhã, cheia de recomendações e conselhos.Depois de ver a menina

A sombra dele a envolvia por completo.Ele puxou a gaveta das mãos dela e tirou de dentro a caixa de remédios.— Esses medicamentos ou estão vencidos, ou seu organismo já desenvolveu resistência. Você vem tomando isso há tanto tempo que já não faz mais efeito.Maristela não fazia ideia de que Eulália teria a audácia de ligar para Aureliano. Muito menos imaginava que ele realmente apareceria.Eulália segurou o braço da Sra. Juliana.— Vovó, esse é o médico. Ele é muito bom. Quando meu coração estava estranho, foi com ele que marquei consulta no hospital.A Sra. Juliana olhou para Maristela, depois para Aureliano.Olhando só pela aparência, realmente pareciam combinar.— Médico, é? Tão jovem...Aureliano respondeu:— Tem aparelho de pressão?— Tem, sim.Maristela se recompôs e pegou o medidor na gaveta. Aureliano o recebeu e a Sra. Juliana colaborou com a aferição. Ele fez mais algumas perguntas: se havia aperto no peito, dor de cabeça, tontura, algum mal-estar.A Sra. Juliana respondeu:

Depois do jantar, Aureliano e Maristela saíram do restaurante. Aureliano disse a ela que seria melhor levar a Sra. Juliana ao hospital o quanto antes para revisar a medicação para pressão alta, a fim de evitar que algo assim voltasse a acontecer.Maristela agradeceu.Eram nove da noite. A brisa soprava suavemente e o longo vestido da mulher ondulava levemente com o vento. Seus longos cabelos negros também eram levados pela brisa.Aureliano parou diante do carro, abriu a porta e se virou para olhá-la. Ele ficou alguns segundos em silêncio, pensativo.— E o seu marido?Aureliano já havia percebido que a senhora que estava com elas, a Sra. Juliana, era sogra de Maristela. Pelo telefone, Eulália a havia chamado de "vovó".Mas, todas as vezes que foram ao hospital, era Maristela quem levava a filha.Nenhum sinal de um homem. Maristela franziu a testa:— Ele está no exterior. Desculpe incomodá-lo esta noite, Dr. Aureliano. Tenha uma boa noite. — Disse isso e se virou para ir embora.Ao se vi

Maristela observava as costas do homem. Ela mordeu levemente o canto dos lábios.A luz alaranjada do pôr do sol caía sobre o jaleco branco do homem, e seu perfil bonito refletia uma luz suave, fria e, ao mesmo tempo, gentil. Mas o olhar e os traços carregavam um ar de distância e indiferença.Aureliano se virou e parou por um instante.Ele ergueu levemente as sobrancelhas ao olhar para a mulher a uns três ou quatro metros de distância.Eulália foi bastante educada:— Boa tarde, doutor.Aureliano assentiu com a cabeça, deu alguns passos à frente e, ao passar por Maristela, hesitou por um momento, mas foi só isso. Não disse nada.Ele baixou os olhos e lançou um olhar para os cílios dela, que estavam abaixados. Em seguida, ele seguiu seu caminho.O ar do ambiente ficou levemente impregnado com o perfume discreto de uma colônia masculina. Quando Maristela ouviu o som da porta se fechando, ela finalmente soltou um suspiro de alívio.Ela se aproximou do leito da Sra. Juliana.— Hoje à noite