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Capítulo 2

작가: Pequeno Monstro
Breno empurrou Hana contra a parede com tanta força que suas costas doeram imediatamente. Ele era alto, e sua figura robusta parecia uma montanha intransponível diante dela. Com uma das mãos, ele segurou os pulsos de Hana acima de sua cabeça, pressionando-os contra a parede, imobilizando-a completamente.

Breno inclinou o corpo, aproximando seu rosto do dela. Seus olhos frios e cortantes estavam na mesma altura dos de Hana. Com sua outra mão, ele segurou firmemente o queixo dela, forçando-a a levantar o rosto.

O coração de Hana batia descompassado. Sua respiração estava tomada pelo leve cheiro de álcool que vinha de Breno, e a dor em seu rosto só aumentava devido à pressão de seus dedos. Assustada e desconfortável, ela olhou para ele, sua mente tomada por um misto de pavor e inquietação.

Era a primeira vez, em dois anos de casamento, que Hana estava tão próxima de Breno. Foi também a primeira vez que conseguiu observar, com tanto detalhe, suas sobrancelhas grossas e bem definidas, os olhos profundos em formato de amêndoa, o nariz alto e reto, e os lábios finos de cor pálida.

Seu rosto era incrivelmente bonito, quase esculpido, e uma pequena pinta de lágrima no canto do olho direito apenas realçava sua beleza. Mas a aura perigosa que emanava dele era opressora. Breno nunca havia tocado nela dessa forma e nunca sequer tinham tido qualquer contato físico tão próximo.

Hana engoliu em seco, sua voz tremendo levemente:

— Você está bêbado?

Breno a encarou com frieza, sua voz grave e gelada parecia surgir das profundezas de seu peito:

— Hana, você não tem ideia do quanto é irritante.

As palavras dele foram como uma faca atravessando o coração de Hana. A dor era quase insuportável, e seus olhos começaram a se encher de lágrimas. Ela sabia disso. Breno a desprezava tanto que, em dois anos de casamento, nunca havia sequer tentado se aproximar dela.

Hana engoliu o choro, tentando manter a calma em sua voz:

— Breno, se quer continuar, continuamos. Se não quer, nos divorciamos. Você não precisa se forçar a nada.

Breno soltou uma risada fria e sem humor. Seus dedos apertaram ainda mais o queixo dela, causando uma dor ainda maior.

— Me forçar? — Ele zombou. — Você é bonita, fica bem como enfeite em casa. Não gasta meu dinheiro e ainda faz o trabalho doméstico. Está me economizando um bom dinheiro de empregada.

As palavras de Breno foram como lâminas afiadas, cortando diretamente o coração de Hana. A dor era tão intensa que ela mal conseguia respirar.

— Por quê? — Hana perguntou, sua voz embargada. Suas mãos tremiam de raiva, mas ela não tinha força para se libertar. Mesmo assim, ela lutou para não deixar as lágrimas escorrerem.

Eles haviam se conhecido em um encontro arranjado.

Os pais de Hana começaram a pressioná-la para casar quando ela tinha apenas 20 anos. Eles queriam usar o dote que ela receberia para construir uma casa na cidade natal. Por quatro anos, Hana suportou as ligações incessantes cobrando casamento. Aos 24 anos, incapaz de lidar com a pressão, ela cedeu e decidiu participar de um encontro arranjado.

Breno foi apresentado a ela por um professor da universidade.

Breno era apenas um ano mais velho que ela, mas vinha de uma família influente e era o herdeiro do Grupo Mifin. Alto, forte, incrivelmente bonito e carismático, ele era o tipo de homem que parecia perfeito em todos os aspectos.

No começo, Breno era maravilhoso com ela. Ele era gentil, atencioso e intensamente apaixonado. Quando Hana disse que não queria problemas com a sogra e preferia morar fora após o casamento, Breno comprou um apartamento de 200 metros quadrados perto do instituto de pesquisa onde ela trabalhava.

Hana não gostava de ter pessoas estranhas em casa. Breno, então, dispensou a empregada e os funcionários de limpeza, assumindo parte das tarefas domésticas junto com ela.

Ela sempre teve seus próprios sonhos e sua carreira como pesquisadora. Não queria abandonar tudo isso para se tornar uma dona de casa. Breno apoiou completamente sua decisão e nunca tentou fazê-la desistir do trabalho.

Hana nunca havia namorado antes. Ela era tradicional e reservada. Breno sempre a tratou com respeito e cavalheirismo.

Mesmo sendo tímida ao expressar seus sentimentos, Hana acabou se apaixonando profundamente por aquele homem tão perfeito. Em poucos meses de convivência, ela não conseguiu resistir ao pedido de casamento romântico de Breno e aceitou, cheia de expectativas para o futuro.

Mas, depois do casamento, tudo mudou.

Breno tornou-se uma pessoa completamente diferente. Ele passou a tratá-la com frieza e indiferença. Nos dois anos que se seguiram, eles não tinham um relacionamento de marido e mulher. Pareciam mais colegas de quarto, familiares, mas distantes.

Aquela relação deixava Hana cada vez mais infeliz. Ela não sabia até quando conseguiria suportar. Tudo o que podia fazer era tentar convencer a si mesma a não se importar, a aceitar um casamento sem amor e seguir em frente.

Afinal, o amor que ela havia dado não tinha volta. Amar a pessoa errada era um fardo insuportável, e Hana sabia que não tinha forças para amar novamente.

O olhar de Breno era tão profundo e frio quanto uma água parada, fixando-se diretamente nas bochechas avermelhadas de Hana, marcadas pela raiva. Sua voz saiu rouca e cortante:

— Hana, não é por nada. Só não suporto essa sua atitude de quem não se importa com nada. Esse rosto frio, apático, como uma água sem gosto... Tão sem graça e desinteressante.

Os olhos de Hana ficaram embaçados pelas lágrimas. Uma dor latejante atingiu o fundo de seu coração, e, pela primeira vez, ela não conseguiu suportar as palavras cruéis de Breno.

Depois de dois anos, ela finalmente explodiu.

— Então por que você se casou comigo? — A voz dela subiu, carregada de uma fúria e mágoa reprimidas por tanto tempo. — Você é algum tipo de masoquista?

Os cantos da boca de Breno se curvaram em um sorriso gelado. Ele manteve os olhos fixos no rosto dela, sem desviar, e, após alguns segundos de silêncio, finalmente soltou seu pulso e deu um passo para trás.

— Sim, sou. — Respondeu ele, com uma voz baixa e irônica.

Hana não esperava essa resposta. Ela esfregou o pulso dolorido enquanto segurava as lágrimas, virou-se e caminhou para o quarto. Ao fechar a porta, deixou o corpo escorregar contra ela, completamente exausta. As lágrimas silenciosas começaram a escorrer por seu rosto, caindo em gotas frias no queixo.

Hana passou a noite inteira sem dormir. O amanhecer trouxe um cansaço insuportável, e ela só conseguiu adormecer perto do nascer do sol. Dormiu por apenas quatro horas e acordou às nove da manhã.

Levantou-se devagar, lavou o rosto e trocou de roupa. Colocou as roupas sujas na máquina de lavar, ativando o ciclo de lavagem e secagem. Depois, ligou o aspirador automático, que começou a limpar o chão enquanto ela andava pela casa.

A luz do sol, entrando pelas janelas de vidro da varanda, iluminava a sala ampla com um calor aconchegante. Mas, mesmo assim, não conseguia aquecer o coração gelado de Hana.

Ela preparou duas porções de café da manhã, como de costume: torradas e ovos. Sentou-se à mesa e começou a comer, mas a comida parecia insípida em sua boca.

De repente, a campainha tocou. Hana colocou o garfo na mesa, levantou-se e foi abrir a porta.

Ao ver quem estava ali, seus olhos escureceram, e o humor já ruim ficou ainda pior.

— Bom dia, cunhada. — Rebeca abriu um sorriso radiante e estendeu um grande envelope de papel pardo. — Ontem à noite, o ar-condicionado do clube estava muito frio. Breno me emprestou o paletó dele, e como eu estava passando por aqui, resolvi devolvê-lo.

Hana não pegou o envelope:

— Não precisa devolver. Ele tem nojo de coisas usadas por outras pessoas. Não vai usar isso de novo.

Rebeca soltou uma risadinha nervosa. Sem esperar ser convidada, entrou na casa, deixando seus saltos altos ecoarem no chão limpo da sala, como se quisesse anunciar sua presença.

— Cunhada, Breno só tem nojo de você, não é? — Disse Rebeca, com um tom de provocação. — Nós crescemos juntos, dividíamos as mesmas roupas, comíamos no mesmo prato e até bebíamos do mesmo copo. Nunca soube que ele tinha mania de limpeza.

“Só comigo?”

Hana ficou paralisada, seu corpo rígido, enquanto sentia como se algo dentro dela tivesse quebrado silenciosamente. Uma dor surda começou a pressionar seu peito.

Ela se lembrou de um inverno, dois anos atrás, quando estava na sala lendo um livro. O frio era tão intenso que ela pegou o casaco de Breno, que estava no sofá, e o usou por alguns minutos.

Quando devolveu o casaco, Breno disse:

— Eu tenho nojo. Jogue fora.

Na época, Hana pensou que Breno simplesmente não gostava que outras pessoas usassem suas coisas. Agora, percebia que ele apenas a desprezava.

O pensamento era tão doloroso que ela não conseguiu esboçar nenhum sorriso. Com o coração pesado, fechou a porta, sentindo o estômago revirar. Sem fome, pegou o café da manhã que estava na mesa e jogou tudo na pia.

Rebeca, enquanto isso, vagava pela casa, observando cada canto. Quando chegou à entrada da cozinha, encostou-se na porta e perguntou:

— Cunhada, onde fica o quarto do Breno?

Hana continuou lavando os pratos sem olhar para ela:

— Deixe a roupa no sofá. Ele bebeu muito ontem à noite e não vai acordar tão cedo.

Rebeca soltou uma risada baixa, com um tom evidente de sarcasmo:

— Somos amigos há anos. Eu e Breno já dormimos várias vezes na mesma cama. Não temos essas frescuras.

Hana parou por um instante, suas mãos apertando a esponja com tanta força que os dedos ficaram brancos.

A voz de Rebeca voltou a soar, agora com uma arrogância indisfarçada:

— Cunhada, dei uma olhada na sua casa. Passei pelo seu quarto... Então vocês dormem separados, não é?

Hana jogou a esponja na pia com força, fazendo os pratos tilintarem. Lavou rapidamente as mãos, fechou a torneira e saiu da cozinha com passos firmes. Pegou sua bolsa no sofá, calçou os tênis e saiu de casa sem dizer uma palavra.

Vendo Hana sair furiosa, Rebeca abriu um sorriso satisfeito. Com os braços cruzados, começou a andar pela sala, observando cada detalhe, tocando em alguns objetos como se quisesse marcar território. Por fim, girou a maçaneta da porta do quarto de Breno e entrou.

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