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Capítulo 6

작가: Pequeno Monstro
Ao amanhecer, Vinicius finalmente chegou. Ele tinha um corpo alto e magro, vestia preto da cabeça aos pés e usava botas curtas que se destacavam. Seus cabelos eram médios, levemente ondulados, e seu rosto tinha traços que lembravam Breno, mas com um toque de charme rebelde e desleixado.

Vinicius jogou a bolsa preta que carregava no chão e ajoelhou-se diante do caixão do avô. Ele fez uma reverência, encostando a testa no chão.

Com todos os membros da família reunidos, o padre não perdeu tempo em começar a cerimônia de despedida.

Os membros da família Moura lideraram a procissão, posicionados na frente. Rebeca, que era uma “de fora”, insistiu em ter o mesmo tratamento que Hana e pediu para ficar próxima aos familiares.

Depois de muita insistência, os membros da família cederam. Durante o cortejo, Rebeca caminhou ao lado de Breno, enquanto Hana, isolada, ficou mais para trás, acompanhando Renata e outras mulheres da vila.

O corpo do avô foi levado ao crematório, e as cinzas foram depositadas em seu túmulo.

No dia seguinte ao funeral, uma chuva torrencial caiu sobre a vila.

A avó de Breno foi trazida de volta do hospital, mas encontrava-se abatida, sem apetite e repousando em seu quarto. A atmosfera na casa era triste e pesada.

Na longa mesa de jantar, os membros da família Moura e Rebeca estavam sentados juntos para a refeição.

Para eles, Hana era praticamente invisível. Além da avó de Breno, ninguém parecia se importar com sua presença. Os outros conversavam entre si com um tom de superioridade, discutindo assuntos que pareciam sofisticados, exibindo uma confiança arrogante.

Hana não tinha a menor intenção de agradá-los ou de se enturmar.

Jenny, percebendo que Breno estava mais calado que o normal, decidiu puxar assunto:

— Mano, posso pegar carona com você para voltar à cidade?

Breno levantou os olhos e a encarou por alguns segundos antes de responder.

Rebeca, apressada, interrompeu:

— Breno, eu também quero ir com você.

Breno deu uma resposta curta e direta, com um tom baixo:

— Tá bom.

Sentado à mesa, Vinicius observava Hana com um olhar fixo e descarado, que não escondia sua admiração. Ele lambeu os lábios de forma provocativa e abriu um sorriso travesso.

— Cunhada, por que você não vai comigo? Eu te levo para casa. — Disse ele, com uma voz maliciosa.

Hana parou de comer e olhou para ele, surpresa. Vinicius, ao encontrar os olhos límpidos e delicados de Hana, sorriu ainda mais. Seu olhar tornou-se mais intenso, quase incômodo.

— Minha moto não deixa nada a desejar para um carro. É rápida, confortável e... emocionante.

Breno colocou os talheres sobre o prato, pegou um guardanapo e limpou a boca com calma. Ele recostou-se na cadeira e direcionou um olhar frio e cortante para Vinicius. O ambiente ficou tenso, como se uma onda de gelo tivesse tomado conta da sala.

Vinicius, conhecido por seu desrespeito pelas normas, estava provocando Breno abertamente ao flertar com sua esposa. Todos na família conheciam a personalidade insolente de Vinicius e, por isso, acharam que ele estava apenas brincando. Ninguém levou o comentário a sério.

Hana, que já não queria ir com Breno, sentiu ainda mais desconforto com a sugestão de Vinicius. Ela sabia que não teria coragem de subir na moto dele, especialmente por medo de um acidente.

— Não precisa, mas obrigada. — Respondeu Hana, com um tom educado e firme.

Vinicius sorriu de forma ambígua, seus olhos continuando a encarar descaradamente o rosto delicado e bonito de Hana.

Depois do almoço, tia Helena foi para a cozinha organizar e lavar a louça. Hana, querendo evitar a sala, onde se sentia deslocada, ofereceu-se para ajudar.

Helena, apesar de ser uma mulher prestativa, vinha de uma família poderosa e tinha o mesmo desprezo que os outros por Hana, considerando-a uma mulher pobre que havia se casado acima de sua classe social.

— O resto você lava. — Disse Helena, de forma fria, antes de sair, deixando Hana sozinha.

Hana não se importou. Ela estava acostumada a ser ignorada e só queria um espaço para ficar em paz, longe de olhares críticos e de conversas desconfortáveis.

Depois de limpar tudo, Hana lavou as mãos e, ao se virar para sair da cozinha, deparou-se com uma figura alta bloqueando sua passagem.

Ela deu um passo para trás, assustada, até sentir as costas tocarem o balcão. Seu coração disparou como se fosse explodir.

Vinicius havia surgido silenciosamente, apoiando uma das mãos no balcão ao lado dela, inclinando-se para frente, quase a encurralando. Ele abaixou o rosto, aproximando-se do dela, enquanto seus olhos brilhavam com uma mistura de provocação e malícia.

— Cunhada. — Sussurrou ele, com a voz baixa e rouca. — Esse tipo de trabalho pesado pode machucar suas mãos delicadas. Não faça mais isso.

Hana conseguiu recuperar o fôlego e sentiu a raiva começar a queimar dentro de si. Ela endureceu o tom:

— Vinicius, por favor, respeite-se e fique longe de mim.

Vinicius arqueou as sobrancelhas, soltando uma risada baixa e zombeteira:

— Posso ver claramente que meu irmão não te trata bem. Ele é mais frio com você do que com um estranho. Você é tão linda, tão gentil... Tenho certeza de que muitos homens adorariam estar no lugar dele. Por que se submeter a isso?

Hana apertou os punhos, contendo a raiva, e fixou os olhos nele:

— Saia do meu caminho.

Vinicius não recuou. Pelo contrário, aproximou-se ainda mais, deixando sua respiração quente tocar o rosto de Hana:

— Eu não me importo com os dois anos que você passou com ele. Por que não vem comigo? Posso te tratar mil vezes melhor do que ele. Nunca te ignoraria e jamais olharia para outra mulher.

Hana, sendo uma mulher tradicional, sentiu-se profundamente enojada pelas palavras e pela proximidade de Vinicius. "Mesmo que o mundo acabasse e não houvesse mais nenhum homem vivo, eu jamais ficaria com o irmão do meu marido."

— Eu disse para sair! — Gritou Hana, empurrando o peito de Vinicius com força.

Vinicius deu dois passos para trás, surpreso, enquanto Hana, sem pensar duas vezes, contornou-o e tentou sair da cozinha. Mas, ao dar apenas alguns passos, ela parou repentinamente.

Na porta, encostado na parede com os braços cruzados, estava Breno. Ele observava tudo com uma expressão imperturbável, mas seus olhos carregavam algo difícil de decifrar.

Ser assediada por Vinicius deixou Hana tomada por humilhação e raiva. Mas o que mais a devastou foi o fato de seu marido ter assistido tudo de forma indiferente, sem mover um dedo para ajudá-la ou impedir a situação. Como Breno conseguia ser mais frio do que um completo estranho?

Era como se uma pedra enorme tivesse sido arremessada contra seu coração, esmagando-o até virar pedaços sangrentos. A dor era tão intensa que Hana mal conseguia respirar.

O desespero e a decepção se espalharam por todo o seu corpo, preenchendo cada canto de sua alma. Ela sentia uma vontade incontrolável de correr para um campo vazio e chorar até não restar mais nenhuma lágrima.

Hana abaixou a cabeça, tentando conter as lágrimas que ameaçavam cair. Seus olhos estavam marejados, e ela mordeu o lábio inferior com força. Sem dizer uma palavra, passou por Breno a passos largos, sem olhar para ele, e saiu da casa.

Longe da vila, ela caminhou até o campo vazio, onde não havia ninguém, apenas a escuridão e o silêncio.

Na cozinha, o ambiente estava carregado de tensão.

Vinicius, ao ver Breno entrar, manteve sua postura arrogante. Ele ergueu as sobrancelhas com um sorriso debochado, como se estivesse provocando.

Breno fechou a porta atrás de si e girou a chave, trancando-a. O som seco da trava ecoou pelo pequeno espaço, e Vinicius ficou tenso. O sorriso zombeteiro sumiu de seu rosto, substituído por uma expressão de desconforto e inquietação.

Breno começou a desabotoar os punhos da camisa com calma, sem pressa, enquanto caminhava na direção de Vinicius.

Seus braços musculosos e robustos ficavam ainda mais evidentes conforme ele arregaçava as mangas. Era fácil perceber que aquela força era fruto de anos de treino. Em contraste, Vinicius parecia magro e frágil perto dele.

Vinicius tentou manter a compostura, mas sua voz saiu hesitante:

— Irmão, somos homens civilizados. Podemos resolver isso na conversa, sem violência. O vovô ainda...

Antes que ele pudesse terminar a frase, o punho de Breno atingiu seu rosto com a força de um martelo. O impacto foi tão forte que Vinicius foi arremessado para o lado, colidindo com o refrigerador. Ele tentou se apoiar no eletrodoméstico com as mãos, mas o movimento fez o grande refrigerador balançar.

Vinicius apertou os olhos de dor, sentindo o gosto de sangue no canto da boca. Antes que pudesse reagir, Breno o puxou pelo colarinho e desferiu outro soco, que o jogou no chão.

Caído, Vinicius cuspiu saliva misturada com sangue. Ele respirava com dificuldade, tentando se levantar enquanto encarava Breno com um olhar cheio de ódio.

— Se você é homem, então me mata de uma vez! — Rugiu Vinicius, com os dentes cerrados. — Porque, se não fizer isso, eu juro que vou conquistar a Hana!

A expressão de Breno ficou ainda mais sombria. Ele agarrou o colarinho de Vinicius novamente e o puxou para mais perto, seus olhos brilhando com uma fúria assassina. Sua voz, embora baixa, era cortante como uma lâmina:

— Você está cansado de viver, Vinicius? Como ousa cobiçar a sua cunhada?

Vinicius riu com escárnio, mesmo com o rosto machucado.

— Você é um hipócrita. Casou com uma mulher linda e perfeita, mas não a toca. E ainda quer impedir que os outros a desejem?

Breno apertou o punho com tanta força que os músculos em seu braço tremiam. Ele lutava para conter a raiva que borbulhava dentro de si, seus olhos queimando como fogo.

— Preste atenção, Vinicius. Esta é a última vez que vou avisar. Se chegar perto dela novamente, não espere misericórdia. Eu não hesitarei em acabar com você.

Após deixar seu aviso, Breno empurrou Vinicius para longe e se levantou. Ele ajeitou as mangas da camisa, virou-se e começou a sair da cozinha.

— Se você não a ama, por que continua prendendo ela a você? — Gritou Vinicius, com a voz carregada de raiva, enquanto olhava para as costas do irmão.
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