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capítulo 3

ผู้เขียน: Lua de Junho
Levei as roupas até a entrada, larguei tudo ali mesmo, ia mandar direto pra lavanderia no dia seguinte, e voltei pro quarto.

Quando me viu entrar, Nicolas abriu um sorriso satisfeito.

— Isso que é minha esposa! Rápida como sempre. Aquela é a saia preferida da Valentina, hein. Capricha na lavagem.

Assenti em silêncio, coloquei uma máscara facial e me joguei na cama, pegando o tablet pra assistir uma série.

Do lado, Nicolas mexia no celular sem parar, os dedos deslizando na tela como se trocasse mensagens com alguém.

De repente, uma notificação apareceu no meu tablet: o WhatsApp dele tinha sido conectado por ali.

Cliquei por instinto.

[Nico, você é demais! Faz séculos que não como um doce tão bom. Aquela loja é sempre lotada, deve ter dado um trabalho.]

Nicolas me lançou um olhar rápido, mas seguiu digitando sem parar.

[Se você gostou, já valeu a pena. Na próxima eu trago mais. Afinal, você é minha querida 'irmãzinha', né?']

Valentina respondeu de novo:

[E os meus lençóis? Estão cheios de sangue de menstruação. Tem certeza que não tem problema deixar a Olívia lavar? Se ela não quiser, tudo bem.]

Os lábios de Nicolas se curvaram num sorriso indulgente, cheio de doçura.

[Deixa comigo. Manchas de sangue só saem com água fria. Eu não teria coragem de deixar você lavar. Ela já tem experiência.]

Travei. Olhei pra ele em silêncio.

Depois que me casei com o Nicolas, toda responsabilidade dentro de casa caiu no meu colo. De trocar lâmpada a lavar cortina, tudo era comigo. Claro que ele achava que eu tinha experiência.

Fechei o tablet com força. Não queria ler mais nada daquelas mensagens que doíam feito faca.

Depois de tirar a máscara do rosto, ele se aproximou de mim e sussurrou ao pé do ouvido:

— Olívia, o Leo me chamou pra resolver uma coisa. Descansa um pouco, tá?

Encolhi o corpo sob as cobertas e assenti com um fio de voz.

Enquanto ele terminava de se vestir, perguntei baixinho:

— Nicolas, se você não voltar hoje à noite, eu posso apagar mais uma carta de perdão?

Olhei pra ele com o peito apertado, a voz levemente trêmula de tristeza.

As mãos dele continuaram firmes, sem nem uma pausa enquanto ajustava a gravata. O sorriso no rosto era o mesmo de sempre.

— Pode usar. — Disse.

Nicolas passou a mão pelos cabelos, ajeitando-os com calma, sem demonstrar a menor preocupação.

— Logo, logo eu volto. Hoje você não vai ter chance de usar.

O jeito despreocupado dele me fez apertar os olhos, tentando segurar as lágrimas. Me encolhi debaixo do edredom e respondi baixinho:

— Tá bom.

Eram dez da noite quando ele disse que voltaria “daqui a pouco”.

Mandei alguém buscar meus doces preferidos naquela confeitaria que eu tanto gostava.

Enquanto isso, vi por acaso uma foto postada pelo Leo nas redes sociais comemorando um encontro romântico com a namorada.

Nesse mesmo momento, Nicolas me mandou uma mensagem:

[Encontrei o Leo. Daqui a pouco tô indo pra casa.]

O relógio já marcava quase meia-noite.

Peguei o celular e entrei no meu Instagram antigo. Rolei até encontrar um post antigo: a publicação que fiz quando aceitei o pedido de casamento do Nicolas.

Toquei em repostar.

E escrevi “O tempo voa.”

Nicolas comentou com um emoji de coração.

Logo depois, me mandou uma foto de uma mesa de trabalho.

[Trabalhando, com saudade da esposa.]

Fechei a conversa.

Não respondi.

Ele provavelmente esqueceu que quem tirou aquela foto fui eu, no mês passado, com o celular dele. Não era de hoje.

Ele não só mentiu, como nem sequer se deu ao trabalho de mentir direito.

Valentina também postou. A legenda parecia escrita pra mim.

[Você disse que ia se casar comigo. Mas acabou casando com outra. Agora vem dizer que se arrependeu.]

Na foto, ela e Nicolas estavam de mãos dadas. Entrelaçados. Na mão dele, a pinta no dedo indicador era inconfundível.

Sentada no sofá, assistia ao vídeo do pedido de casamento que o Nicolas tinha gravado. Ao mesmo tempo, comia os doces que tinham acabado de chegar.

Eram os meus favoritos, ou pelo menos tinham sido.

Agora, mal conseguiam descer pela garganta.

Talvez eu já não gostasse mais.

E o que eu não gostava não parava por aí.

Nicolas não mandou mais nenhuma mensagem. Silêncio total.

Deixei o celular sobre a mesa de centro e comecei a juntar minhas coisas, só as que ainda eram minhas.

O relógio já passava da meia-noite.

Peguei a última carta de perdão, pronta pra carimbar.

Mas o celular tocou. Era ele.

— Olívia, já foi dormir? Não me espera, tá? Tô enrolado aqui, hoje não vou conseguir voltar. Usa a carta de perdão aí. Amanhã eu passo numa loja e levo um doce pra você. Tenho que resolver umas coisas agora, tô desligando.

E desligou antes que eu pudesse dizer qualquer coisa.

Fiquei parada, olhando pro nada, até o sinal de ocupado preencher o silêncio. Só então voltei a mim.

Ao colocar o celular de volta na mesa, bati sem querer na xícara.

O impacto foi o bastante: o par de canecas que compramos juntos depois do noivado caiu no chão e se quebrou ao meio.

Talvez fosse um sinal. Talvez nosso relacionamento também tivesse chegado à metade e não houvesse mais cola possível.

Abri o WhatsApp, procurei o contato do Nicolas e digitei:

[Não consegui dizer antes, mas... a carta de perdão acabou.]

[Vamos nos divorciar.]

Logo em seguida, o celular começou a tocar sem parar.
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