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หน้าหลัก / ทั้งหมด / Traído, Fingi Morrer – Até Levarem Minhas Cinzas! / Capítulo 2

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Capítulo 2

ผู้เขียน: Paulo Santos
Grupo Serpa.

Carlos demonstrou um leve incômodo, mas disfarçou logo.

– Amor, ando muito ocupado na empresa, foi minha culpa não ter te dado atenção. Hoje volto cedo para casa, não fica brava comigo, tá bom?

Sua voz era suplicante, buscando a reconciliação.

Do outro lado, o silêncio de Norah o deixou apreensivo.

Ia dizer algo, mas Norah, com voz cansada, respondeu:

– Que horas você volta?

Carlos suspirou aliviado.

Olhou o relógio na parede e hesitou:

– Seis horas.

– Certo.

Norah respondeu secamente e desligou.

Ao ouvir o sinal de chamada encerrada, Carlos relaxou e sorriu sem graça.

Sua Norah continuava carinhosa como sempre.

Preparou-se para terminar o trabalho rapidamente.

Clarice vinha se tornando mais exigente ultimamente, e ele, envolvido, acabara por deixar Norah de lado, o que não deveria ter feito.

A amante podia ajudá-lo a aliviar o estresse, mas a amada de verdade era Norah, esta flor delicada que foi nutrida pelo seu amor ardente

Enquanto pensava, o telefone tocou novamente.

Ao ver que era Clarice, Carlos franziu ainda mais a testa.

Atendeu num tom frio e formal:

– O que foi?

Do outro lado, Clarice respondeu com voz sedutora:

– Carlos, estou com saudades, comprei uma camisola de renda nova.

Carlos engoliu em seco, a respiração alterada.

Mas, lembrando que prometera a Norah voltar para casa, conteve o desejo.

Negou prontamente:

– Hoje vou para a Vila Serpa.

Clarice não se incomodou, mudou o tom:

– O cunhado vai de novo ficar com a mana? Não pode me dar mais atenção? Eu te amo tanto quanto ela!

Ao ouvir "cunhado", o semblante de Carlos ficou frio:

– Clarice, saiba o seu lugar!

– Já te disse, estou contigo só para satisfazer desejos. Te dou dinheiro, mas não espere meu amor.

– No meu coração só cabe a Norah!

Com o olhar gélido, Carlos completou:

– Tem mais algo? Se não, vou desligar.

Tinha mimado demais a Clarice.

Era hora de esfriar as coisas e fazê-la lembrar seu lugar.

Carlos ignorou se Clarice estava chateada ou não e já ia desligar a ligação.

No momento seguinte, porém, Clarice soltou dois soluços suaves.

– Carlos, somos tão compatíveis na cama, você me quis sete vezes numa noite! Dizem que o tempo traz afeto... Você nunca me amou, nem um pouquinho?

Carlos hesitou, mas respondeu pausadamente:

– Só amo a Norah.

– ...

Do outro lado, Clarice riu, com uma ponta de autodepreciação.

Carlos chegou a sentir pena, mas Clarice logo mudou o tom:

– Carlos, quero te mostrar algo.

Carlos sentiu repulsa, pronto para repreendê-la.

Mas quando viu a mensagem de Clarice, ficou paralisado.

Demorou a reagir.

– Você...

A voz de Carlos tremeu:

– Clarice, você está grávida?

– ...

Vila Serpa.

Nos outros anos, no aniversário de casamento, Norah e Carlos davam folga e bônus aos empregados da casa.

Este ano não foi diferente.

Antes, Carlos ficava atrás de Norah, sorrindo enquanto ela distribuía os bônus.

Agora, ele não estava ali.

Os empregados sabiam do amor de Carlos por Norah e a invejavam.

Com a ausência dele, tentaram justificar sua ausência.

– Senhora, o senhor está tão ocupado, mas ainda se lembra do aniversário de casamento. Você é a mulher mais feliz do mundo!

– Dizem que homem que ouve a esposa prospera. O senhor chegou onde está por ser abençoado!

– Senhora, deve ter salvo a galáxia na vida anterior para encontrar um marido tão bom!

– ...

Norah respondeu com um sorriso forçado, e logo os empregados se dispersaram.

De repente, na enorme mansão, só restava a figura solitária de Norah.

Um silêncio tão profundo que se ouviria um alfinete cair no chão.

Norah sentou-se à mesa.

As luzes apagadas, apenas velas iluminavam os pratos favoritos de Carlos.

Era para ser um jantar romântico à luz de velas, mas o protagonista não estava presente.

Lembrando as palavras dos empregados, Norah riu de si mesma.

Todos sabiam do amor de Carlos por ela.

No fim, ele a traiu com sua irmã...

Que ironia!

Carlos, se todos descobrissem sua verdadeira face, que escândalo seria para o mundo?

O celular vibrou.

Na tela, uma mensagem de Carlos:

[Norah, surgiu um imprevisto na empresa. Amanhã trago um presente, depois vamos viajar, ok?]

No fim, Carlos escolheu Clarice.

Norah pousou a mão no ventre, sentindo a vida que crescia dentro dela.

Pensou nos bons momentos, mas forçou um sorriso.

– Bebê, não precisamos do seu pai, tudo bem?

– Mamãe vai te dar amor em dobro.

Falava para o filho, e também para si mesma.

Carlos não vale mais nada.

Mesmo com uma nova ligação, ela partiria.

Pegou o celular e respondeu a Carlos:

[Certo, compreendo.]

[Daqui a três meses é seu aniversário. Vou preparar um presente.]

Todo ano, Norah preparava um presente, mas nunca avisava com tanta antecedência.

Será que Carlos ficaria curioso? Ansioso para saber qual seria?

Como ela previa, ele respondeu na hora:

[Que presente? Estou tão ansioso! Mal posso esperar pelos três meses! Querida, você não poderia me adiantar o segredo?]

Norah sorriu:

[Se contar, não é surpresa.]

Antes de largar o celular, mais mensagens de Clarice apareceram.

[Norah, Carlos me escolheu! Estou grávida, você não pode competir! Vou tirar tudo de você, como sempre fiz!]

[Sua inútil, você nunca vai me superar!]

Norah sentiu uma dor sufocante no peito e quase desmaiou.
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