Almas Gêmeas? Não no Meu Casamento!
Após oito anos de relacionamento, Inês Alves passou de deusa idealizada na mente de Ibsen Serpa para alguém de quem ele mal podia esperar para se livrar.
Foram três anos de esforço, até que Inês esgotou o último resquício de sentimento por ele. Finalmente, ela desistiu e foi embora.
No dia da separação, Ibsen riu friamente:
— Inês, estou esperando você voltar e me pedir para reatar.
Mas o que ele esperou, esperou e o que veio, na verdade, foi o anúncio do casamento de Inês.
Consumido pela raiva, ele ligou para Inês:
— Já terminou essa palhaçada?
Do outro lado da linha, uma voz masculina e grave respondeu:
— Sr. Serpa, minha noiva está no banho, não pode atender sua ligação agora.
Ibsen soltou um riso frio e desligou na hora, convencido de que aquilo não passava de mais um joguinho de Inês, querendo chamar sua atenção.
Só no dia do casamento de Inês, ao vê-la vestida de noiva, buquê nas mãos caminhando em direção a outro homem, Ibsen finalmente se deu conta de que Inês realmente não o queria mais.
Num acesso de loucura, correu até Inês:
— Inês, eu sei que errei, não case com outro, por favor!
Inês ergueu a barra do vestido e passou por ele:
— Sr. Serpa, você não disse que você e Mayra eram feitos um para o outro? Veio ajoelhar no meu casamento para quê?