A Vingança Perfeita: Desarmando Traições

No instante em que percebi que havia renascido, eu, que me preparava para correr até o local, voltei imediatamente para o meu alojamento.

Desliguei o comunicador criptografado.

Na vida passada, após o erro de Sabrina, ela me enviou mensagens desesperadas pedindo que eu a salvasse.

Eu tinha acabado de concluir uma missão especial e não dormia há três dias.

Naquela época, para resolver o problema dela, arrisquei minha vida, suportando as queimaduras do nitrogênio líquido para salvá-la.

Foi por isso que o prédio com o servidor central foi salvo.

E também foi por isso que o exército não levou Sabrina à corte marcial.

Apenas a suspenderam para investigação.

Se Sabrina não cometesse mais erros, poderia ter recuperado seu posto original.

Mas sua resistência à pressão era fraca, e bastaram algumas críticas dos colegas.

Ela forjou um acidente e se explodiu.

No final, para vingá-la, Lindomar me levou a uma morte onde nem meus ossos restaram.

Puxei o cobertor sobre a cabeça e dormi profundamente até o amanhecer.

No dia seguinte, quando acordei, a tela do meu comunicador estava inundada com centenas de chamadas perdidas e alertas de emergência em vermelho vivo.

Fiz minha higiene lentamente, vesti meu uniforme e me dirigi ao local sem pressa alguma.

Fora da área isolada, o ar estava tão pesado que parecia prestes a gotejar.

O desespero estava estampado no rosto de cada pessoa.

Sabrina estava caída no chão, com os cabelos desgrenhados, tremendo incontrolavelmente.

Os colegas ao redor a olhavam com um ódio assassino.

— A culpa é sua! Sabrina! Insistiu em fazer essa besteira de desarmar por intuição!

— E agora? O programa de detonação secundária foi ativado! Ninguém vai sair vivo daqui!

— Pode esperar! O General Renan vai levar todos nós para a corte marcial!

O olhar de Sabrina varria a multidão freneticamente, e ao me ver, seus olhos brilharam com uma luz de esperança, como se tivesse encontrado sua única salvação.

Mas no segundo seguinte, seu olhar se encheu de um profundo ressentimento.

Ela apontou o dedo diretamente para mim e gritou com todas as suas forças.

— Foi ela!

— Foi Célia! Eu liguei para ela a noite inteira! Ela poderia ter nos salvado!

— Ela desligou o comunicador de propósito! Ela quer matar todos nós!

Instantaneamente, todos os olhares, como inúmeras lâminas afiadas, se cravaram em mim.

Sabrina aproveitou a oportunidade, cambaleou até mim e ergueu seu comunicador, a tela mostrando um denso registro de chamadas.

Com os olhos vermelhos, sua voz era estridente, cada palavra nítida.

— Célia! Você sabe melhor do que ninguém o que está armazenado aqui!

— É um segredo de estado! Desligar seu comunicador e desaparecer em um momento crucial como este, quais são as suas intenções?!

A multidão ficou em silêncio.

Todos esperavam por minha explicação.

Olhei para aquele rosto repugnante, e o ódio da minha vida passada ferveu dentro de mim.

Então, eu levantei a mão.

Um tapa forte e sonoro atingiu seu rosto com violência.